domingo, 18 de dezembro de 2011

A vida é isso mesmo: um caminhar juntos; cumplicidade, LEALDADE!

Tudo de melhor nesta vida e que o Universo continue conspirando a nosso
favor que somos a FAVOR do BEM, da PAZ, da LUZ, da AMIZADE e do AMOR.
Embora corramos cada vez mais, vocês fazem parte da minha vida e estão em
meu coração. Portando, se estão do lado de dentro, posso ir aonde quiser:
-estaremos sempre juntos.
Saudações, beijão e abraços a todos nós que, ao longo desta jornada,
com força e fé, vimos pulsando, vibrando lado a lado, uns pelos outros.
A irmandade é o antídoto contra todos os venenos!

Grata pelo carinho de todos vocês,
Lúcia Gönczy

Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente em suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos,
E, até que nos encontremos, de novo...
Que Deus lhe guarde nas palmas de suas mãos!


[Prece Irlandesa -18/12/2011]

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pulo do tigre


365X2
precisei tanto disso para sobreviver
hoje não é mais necessário
- pulo sozinha
sou  meu próprio
salto e sobressalto

O tigre ainda aparece,
de vez em quando,
comendo três pratos de trigo

TRISTE!

Lúcia Gönczy

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amor e Paixão


Amor é bom
Paixão é vício:-
falta de ar
taquicardia
posse
doença
síndrome de abstinência


Amor é calmaria
Um “olhar” com cuidado
Desejar o bem do outro
independente do nosso
egocentrismo


Paixão e Amor
Fogo, fogo, fogo
Mas quem nesta vida
quer a segurança de que
são feitos os sentimentos
mornos?...


Não. Decididamente, não!
Eu, pelo menos, prefiro o
Inferno de Dante – O Paraíso
que se dane!
Juízo tem quem se atira
de cara sem medo do abismo

A gente só evita o que não pode resistir...


Lúcia Gönczy


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prometeu

Babe, eu me sinto bem
Babe, to além
De contos e fadas

Babe, não se assuste se eu te chamar
Lá de bem alto
É colina. Indiagem...

Babe,  não te prometo nada


Prometeu do Olimpio,
Disse coisas tão mais bonitas
E bacanas
Que quase acreditei em tantas promessas
Sacanas


[...]


Babe, agora é fato: to de saco

De tudo que for promessa e coisa
mal feita


Prometeu prometeu prometeu prometeu
- NUNCA cumpriu!


Lúcia Gönczy

domingo, 18 de setembro de 2011

Confusão Emocional (^^)

Nenhuma dor é igual
Não serei eu a repetir
Nenhum amor é Amor
O amor é antes Paixão
que não dura e não vale
uma vírgula

Nenhuma paixão vale uma dor
Que não é Amor nem é igual
A nenhuma Dor

Lúcia Gönczy

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os Quereres

Quisera-me politicamente correta
Saiba, homem, eu sou de Creta
do Olimpo e de Tesões

Quisera-me toda pura e pacata
Quando sou fúria e incauta
Jamais mula de cavalo baio

De rumo  incerto -
vôo sem asas
Num galopar constante
Insano, lúdico


E se der a louca, por coisa pouca,
selo meu Pégaso: - sumo!
Indômita
Selenita
Valente


Cuidado, infante,
afaste-se novamente
Pois dependendo do pedido,
afio garras, presas
e sangro pelos olhos.


Lúcia Gönczy
Despedida de um fantasma


ando mudada:
tenho sabatinado minha alma
que insiste em caminhar sobre pregos
de pontas ocas e virilmente enferrujadas
- motivo de tétanos virtuais

já não estou naquele momento
onde tudo era exato;
não direi o nome da foto nem os fatos
apenas subscrevo-me, atenciosamente...



afinal, me despeço da tua lembrança
fantasmagórica
que hoje não me causa assombro



é isso. fim do fim e do talvez;
e que cada um, na sua finita felicidade,
procure a plenitude


[sem mais]
Adeus.


Lúcia Gönczy

sábado, 27 de agosto de 2011

Guardanapo



A gente nunca conversa
e quando conversa
a gente briga.

Mas é bom;
colocar os pingos nos is  
ou não.

A gente nunca
tem tempo

A gente tem
tempo
Mas a gente sempre tem,
além do tempo
medo dessas horas


A gente diverge
A gente converge
A gente se engana
A gente se ama.


A gente se ama?


Se a gente se ama,
a gente se entende.




Lúcia Gönczy






26 de Agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BEM ME QUERO

Nada de miquinho amestrado.
Homem comigo hoje só no laço:
E nem me venha com esse papo de aranha,
brucutu de meia pataca
Pois se me sinto subjugada, viro louca-
vou de princesa a rainha do cangaço.
Uma das vantagens do sexo frágil,
é parecer, segundo falsa análise,
aquele que tudo tolera. Já era!
-Não feminista ou cabra macho; feminina, apenas;
Sê preciso, rodo a baiana - desço do salto
e muito me encanto por flores de plástico.

Lúcia Gönczy

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Insana

A nota voa
som mata terra ar
fogo que vem
transmutando
deforma
a veia e a palavra
nada
tudo
basta
onde perdi
achei
desviei
meu caminho
sigo só
de repente, alento
não basta
sonho que se sonha
acordado
movimento e
fossa
trejeitos escondo
entre passos
falsos
bem mais falsos
do que este
mundo
alardeado de cimento
e pó


Lúcia Gönczy

terça-feira, 5 de julho de 2011

nem todo ritmo é luz

nem toda onda nada

o etéreo nem sempre vaga

a pista nem sempre ata

o beijo nem sempre é língua

a transa nem sempre é gozo

fugaz não quer dizer nada

o corpo nem sempre é osso;

sonoro também é ausência

de nada que nada vale

presente não é passado

senhor das horas, do tempo

nem toda ferida sangra

nem todo ungüento sara

aurora quase boreal espalha

vento fumaça fuligem

no ser que tudo abraça

nem todo abraço afaga

traço meu traço vago

à lápis à vida

cansaço

no punho,

aço.



Lúcia Gönczy





quinta-feira, 30 de junho de 2011















Inverno

motivo momento hibernação
continuidade ciclo espécie
recolho me [us] cacos
reponho vital - energia
tudo que vaga abissal
vagarosamente
enquanto durmo sem sonhos
permanece etéreo, intrínseco.

Lúcia Gönczy

sexta-feira, 27 de maio de 2011




Rotina

A onda passa
nas costas, girassóis ...
fúlvio é o caminho;
as moradas.
O sono adverte:
sonhar é bom;
use com moderação.
Depois,
a onda vem
meio louca meio turva meio nada
Quem sabe dos meios
conhece o fim.
Amanheço.
Só.
Amanheço só.

Mais um dia.


...

Lúcia Gönczy

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Essa mulher

como ganhar
perder
conquistar
essa mulher?

se falo,
retruca
se poetiso,
truco!


nela toda palavra [lavra]
palavrão
tesão
viagem

como suportá-la
insuportável?...
às vezes, me calo
quero colo
todo falo

outras,
qualquer pétala

não sei como.
procuro descobrir

o veto descobrindo-[me]
minha porção
feminina


de quando cala
meu falo
trucando
palavra que não volta

ah, essa mulher
quando me toca
desafino
viro menino -

nas mãos,
e
no afeto.


Lúcia Gönczy

sexta-feira, 6 de maio de 2011




Consumação


agora
que o cansaço virou água
a emoção viajou
no ontem de amanhã
trago violetas e margaridas
flores verdadeiras
umas vivem menos
outras nunca morrem
justamente como ontem
especialmente como a manhã
nunca presente.


Lúcia Gönczy

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Alguma coisa ou nada do que possa parecer

Fazer um poema bonito
rimar
contracenar
esquecer.

Nenhum arauto ou rei

pouco importa
designações

onde fui rainha
sou plebéia

minha fonte jorra
como a tua...talvez

e aquele chão batido de terra
terra nossa
nossos pés

já não é.

literalmente,


já não é.


Meu cavalo, meu princípe
cavalgar-me ou cavalvar-te?

uma cabra e um carneiro...

Lúcia Gönczy
Moinho

Na cama onde me deito
Asfalto
Juntaram nossos corpos
No sonho antigo
Lençóis, travesseiros macios
Banheiro sem porta

Agora,
Na cama em que me deito
Insônia
Dor de orelha
Estacionamento.

Saberá no sono que me
Faz
A noite embrulhada
De lembranças...

Moço, na nossa cama
Nem leito
Nem provas
Nem nada

Aquele 212 virou água

Na cama em que me deito,

Passado.



Lúcia Gönczy

sexta-feira, 1 de abril de 2011


Medieval - certas noites, como esta, deveríamos andar de costas. como antigamente, cultuar infâncias, desamarrar cadarços; certas noites, exatamente como esta: - escura, duvidosa deveríamos despir medos; sentimentos embolorados, pudores retrógrados. a teia tece aranhas tão vivas quanto os insetos devorados. - ardil, armei meu ventre de espinhos e girassóis] agora é hora de agora. não mais reviver velhos contos; cavalguei alados à procura do príncipe encantado... caí. na real, caí [...] hoje só beijo sapo. - Lúcia Gönczy

domingo, 27 de fevereiro de 2011

não tenho tua face
tampouco
memória de tua voz
mas algo
além dos danos
vem à tona
irremediavelmente
ao pensar-te;
o intransponível
muro do silêncio
atravessa o medo
e tudo fica, outra vez,
absurdamente claro
então, entremeios passos
brutos
pareço levitar no tempo
do abraço
naquele tempo sem espaço

[...]

nosso tempo.

Lúcia Gönczy

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


ENGANO


Finjo que não ligo

Meu pensamento
me condena

A verdade é bem maior
do que este quarto escuro

Quanto mais afirmo
que não amo

Minto.


Lúcia Gönczy

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DESCANSO


PRENDER OS OLHOS
NA FOLHA MORTA
VIVER NA FOLHA
ENTENDER A FORMA
ESTENDER OS OLHOS
ENCOLHER O BRANCO
VIAJAR
VIAJAR
VIAJAR
VIAJAR
SEM SAIR DO LUGAR
SAIR DE FORA
SAIR DE DENTRO
ENCONTRAR
INTERAGIR
INTERPENETRAR
PERPETUANDO
CADA SÍBADA
EMBALSAMANDO
ESTROFES, PARÁGRAFOS,
PONTUAÇÕES
DISSONÂNCIAS
REENCONTROS
GRAMATICAIS
PERMITIR-SE
INVADIR
LEITURALMENTE
É O GRANDE BARATO!!!

.
.
.
.

EM BRANCO

DESCANSO MEUS OLHOS
NA FOLHA VIVA
DE PAPEL


LÚCIA
GÖNCZY

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

POESIA NA JANELA

Preparo-me subalterna entre frestas;
Luzes indistintas, subtropicais
convocam-me à viagem:
próxima estação de minha alma

Eu, que há tempos
não me sinto tão
Verão...

Entretanto, há telhados em meus olhos;
Pesa-me a infância

Vasculho, num sopro, a memória;
noutro, sublime abstração ...

Totalmente introspectiva
faço a regressão
"não materna"

Permitindo-me afundar meu próprio céu e inferno
transgrido:
Naufrago, debato-me
e
em contrações [in]voluntárias
de dor e de parto
decido se só corpo ou alma
não importa

(...)

Parto para a vida mais esta manhã.


Lúcia Gönczy


Não terminado...
Nem o texto, nem o caminho

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Porque hoje é verão
e o silêncio faz inverno
no meu peito,
Deixo-me preencher
deste vazio inexorável
da tua ausência
absoluta

Lúcia Gönczy


"Nenhum juramento de amor será quebrado; o sentimento verdadeiro é atemporal"
(Lúcia Gönczy)