domingo, 25 de julho de 2010

tantas palavras...
[difíceis!]
tantos verbos
[desnecessários!]
metáforas, metomínias, medos
tudo intrínseco, esculpido por dentro
implode no peito do poeta
hoje percebo claramente
o quão todos estes não-me-toques
enojam-me
causar furor através do intransponível
universo de sons oblíquos
e, ambiguamente, parecer paralelo
sorte ou mágoa do bardo
esta sina de cigano figurativo
que permeia a língua sem
tatear o tato.


Lúcia Gönczy

7 comentários:

  1. "sina de cigano figurativo
    que permeia a língua sem
    tatear o tato"

    puta que pariu, que inveja!

    bjbjbj

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  2. O "Relaxa, baby" assina embaixo. Hehehe.
    Beijão, Green Eyes.

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  3. Querida amiga Lúcia!!!!
    Passando por aqui para deixar meu carinho e deleitar-me com seus belos textos poéticos.
    Beijos de luz!

    POETA CIGANO - 27/07/2010

    www.carlosrimolo.blogspot.com

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  4. Lúcia querida

    Como sempre apreciando sua maneira de determinar o exato momento de distribuir palavras e pensamentos num mundo real imaginário que vivemos.
    Basta perceber seu olhar e sorriso e não preciso de palavras. Pra quê? Bjos e rosas

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  5. "e, ambiguamente, parecer paralelo
    sorte ou mágoa do bardo
    esta sina de cigano figurativo
    que permeia a língua sem
    tatear o tato."

    Flecha no alvo. Certeira, bem no meio do meu peito.

    Beijo

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