terça-feira, 6 de julho de 2010

Latência

Senhor,
teu cheiro não sai da minha pele
estou a ponto de queimá-la até
a carne viva, para ver se assim,
ressuscito deste pesadelo
de amor umbral em que me colocastes

Teu corpo é a realidade do meu
estremeço e deliro ao pensar-te,
que, por um triz, quase posso sentí-lo, tocá-lo

E este meu olhar vazio...
Senhor, onde carregá-lo?
Não vês que sofro, que conto os dias?
para quê queimar-me se tua ausência,
em mim,
já é o próprio fogo!


Lúcia Gönczy

6 comentários:

  1. a intensidade da tua poesia me impressiona, lúcia. beijo.

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  2. Belíssimo Lúcia!!! Como tudo o que escreves simplesmente emocionante!!!!
    Parabéns! Beijos cheios de carinho, respeito e admiração!!! Sarah Aline

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  3. que beleza, não há como boiar aqui, aqui a gente afunda mesmo, com tanta intensidade,

    beijos, querida,
    G

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  4. Oi,através de uma pesquisa cai no teu blog e me encantei.As palavras,a delicadeza e não pude deixar de vagar aqui,me deliciar com o sentimento.
    Tanto que não resisti e me banhei de sol.Já amnhace aqui,no Centro-Oeste do Brasil.Um sol morno desponta no horizonte e coloquei tuas palavras no meu blog.Se não se importar,claro,citando teu nome.
    Beijos

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  5. Oi Mariana,
    Que prazer tê-la por perto! Fico muito feliz por meus sentimentos terem viajado tão longe...
    Beijos; venha sempre.

    Lúcia

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