quinta-feira, 25 de março de 2010

valsa

eu não vou mandar mais florzinhas pra você
nem beijinhos ou bichinhos animados; tampouco
aquele bom dia desajeitado, como quem espera ser
chamado atrás da porta, mesmo estando na última fila;
não, eu não vou mais confessar os meus segredos, até porque,
você já os conhece de cor e salteado; mas eu preciso muito
te dizer umas últimas palavras; normal...a gente sempre
diz fim sem saber o "quanto falta"... e sempre falta!
eu vou te dizer a única que não disse antes por achar
nosso amor eterno; "na verdade", acreditei no que acreditávamos;
e "a verdade" é que eu continuo naquele patamar meio desconsolado
cavando degraus na minha sepultura, pra meio louca te tirar do pedestal.
*ensandeci. nada de andor ou carruagem
afinal, dancei bonito e você nem era o príncipe encantado.



Lúcia Gönczy

8 comentários:

  1. Mis saludos cara un abrazo desde Santiago de CHILE

    Leo Lobos

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  2. adorei essa chicotada final no sapo!
    rsrsrsrs
    bjbjbj

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  3. Eu sou o mineiro e você é que é a "come quieta"... Quanta coisa boa escondida aqui para postar na comunidade (risos). Sucesso, Green Eyes.

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  4. Lúcia! Belíssima poesia! Meio triste, há de se citar, mas bela.

    Aqui é o retorno dos que não foram! Praticamente não nos comunicamos em um grande espaço de tempo, por preguiça e falta de vontade de arranjar tempo para ti enviar uma mensagem (porque tempo não se tem, se arruma);

    Meu blog: http://metaforento.blogspot.com/
    Pode se comunicar nos comentários a vontade; beijos pra ti!

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  5. Querida amiga!!!
    Belíssimo seu Blog.e conteúdos maravilhosos Adorei. Seu texto é bem coordenado e interessante. Meus parabéns!!

    POETA CIGANO - 27/03/2010

    carlosrimolo.blogspot.com

    (Dê-me a honra de sua visita e comentários)

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  6. Evohéros, Lúcia poeta!

    Rio agora, mesmo triste ainda. Algo estranho está se passando comigo. É mal, parecia. Estou em meio à gênese de um poema que escrevo sobre o mesmíssimo tema deste teu e, coincidentemente (talvez co-re-incidente-mente), desemboquei boquiaberto aqui, vindo por Lévy-Dhurmer, tendo cruzado de novo todo o Igitur de Mallarmé, desde a questão “palavras ignotas cantaram em seus lábios restos malditos de uma frase absurda?” que me trouxe pelo "mar suave" até tua "valsa". Eu também dancei.

    Como o teu poema foi postado ainda antes do mês mais cruel, eu faria votos sinceros para que já não coincidíssemos mais nessa dor (que embora alheia, sempre é ao menos recíproca), musamiga, mas não o farei. Digo isto pois li muito mais daqui, e sei que ainda não posso te pedir conselhos, se bem entendi.

    O fato é que é muito bela toda essa poesia em ti... por isso sempre te seguirei.

    Beijabraço textual
    D.

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  7. P.S.: Pode a paixão ser por extenso? Pode ser poesia fora da gente ou pode não ser poesia quando é dentro da gente? É tudo imenso quando é de repente!

    Abreijo literal
    D.

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  8. é tudo (a) MAR, Davi. beijão; bem-vindo. tb estou te seguindo.

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