
Preparo-me subalterna entre frestas;
Luzes indistintas, subtropicais
convocam-me à viagem:
próxima estação de minha alma
Eu, que há tempos
não me sinto tão
Verão...
Entretanto, há telhados em meus olhos;
Pesa-me a infância
Vasculho, num sopro, a memória;
noutro, sublime abstração ...
Totalmente introspectiva
faço a regressão
"não materna"
Permitindo-me afundar meu próprio céu e inferno
transgrido:
Naufrago, debato-me
e
em contrações [in]voluntárias
de dor e de parto
decido se só corpo ou alma
não importa
(...)
Parto para a vida mais esta manhã.
Lúcia Gönczy
Não terminado...
Nem o texto, nem o caminho