à toa
versejo à muda
meio silêncio
e luz... -fórceps!
arranco palavras- útero
morro como um mioma
benigno
desisto de tudo
você, amor... signo
reaprendo aquela velha
música:
eu preciso aprender a ser só.
Lúcia Gönczy
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
*ST
toda e qualquer [dis]função gramatical,
hoje é obsoleta; em segundos,
transformações profunda mente
insignificantes justificam a não
língua - quase idiossincrasia da
palavra moída e perturbada
é mais ou menos como cortar
o coração em quatro partes;
estancar o sangue das veias;
e, ainda assim, querer estar vivo.
a continuidade intriga o humano,
despe véus do passado e alarda
feito cão sarnento na noite inviovável
violento meus sentidos: - não há em mim
nenhum poro que não arda a gota
da última sílaba . a derme rasgada não sustenta
o tempo da próxima camada
e sei, coisa de instinto, tudo que preciso como Lei
nesta noite de becos e ratos, é dormir
com um olho no peixe, outro no gato.
Lúcia Gönczy
toda e qualquer [dis]função gramatical,
hoje é obsoleta; em segundos,
transformações profunda mente
insignificantes justificam a não
língua - quase idiossincrasia da
palavra moída e perturbada
é mais ou menos como cortar
o coração em quatro partes;
estancar o sangue das veias;
e, ainda assim, querer estar vivo.
a continuidade intriga o humano,
despe véus do passado e alarda
feito cão sarnento na noite inviovável
violento meus sentidos: - não há em mim
nenhum poro que não arda a gota
da última sílaba . a derme rasgada não sustenta
o tempo da próxima camada
e sei, coisa de instinto, tudo que preciso como Lei
nesta noite de becos e ratos, é dormir
com um olho no peixe, outro no gato.
Lúcia Gönczy
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
os meus meninos
meus meninos são assim:
avacalhados, tortos, meio que sem eira nem beira
uns bichinhos de pé, coisa de areia...
perfuram, penetram e a gente nem sabe o quê
pensamentos disformes
mulheres, homens, crianças
todos berrando no mesmo tom
meu poemas tem a cara e o corpo do mundo
ousados, tímidos, tristes
estou neles... sempre!
A cara da dor é quase transparente!
Lúcia Gönczy
meus meninos são assim:
avacalhados, tortos, meio que sem eira nem beira
uns bichinhos de pé, coisa de areia...
perfuram, penetram e a gente nem sabe o quê
pensamentos disformes
mulheres, homens, crianças
todos berrando no mesmo tom
meu poemas tem a cara e o corpo do mundo
ousados, tímidos, tristes
estou neles... sempre!
A cara da dor é quase transparente!
Lúcia Gönczy
orangotango (para minha querida amiga, Flá Perez)
ser macho não é bater no peito, coçar o saco,
casca grossa, gabar-se das comidas
macho é mais que isso:
consciência da fêmea; respeito.
sensível, abrir os braços, estreitar laços
entender a língua
ser macho é quase despacho; encruzilhada
galinha preta, farofa, cachaça
e uma pitadinha de TPM antes e
depois da oferenda.
AÍ SIM, macho que é macho
rola o tacho;
capaz , tolerante, amigo
fiel? nem tanto! cada qual tem seu umbigo
e ninguém tá pedindo o impossível...
ser macho, afinal, é tipo João Coragem:
morre na última vírgula
e não tá nem aí pra reticências...
módulo? decidamente não faz seu tipo.
macho não se apega em detalhes,
estrias, celulites ou vertentes...
não espalha nem desdenha
afinal, macho é comum, barato.
ser homem de verdade,
é para poucos.
Lúcia Gönczy
ser macho não é bater no peito, coçar o saco,
casca grossa, gabar-se das comidas
macho é mais que isso:
consciência da fêmea; respeito.
sensível, abrir os braços, estreitar laços
entender a língua
ser macho é quase despacho; encruzilhada
galinha preta, farofa, cachaça
e uma pitadinha de TPM antes e
depois da oferenda.
AÍ SIM, macho que é macho
rola o tacho;
capaz , tolerante, amigo
fiel? nem tanto! cada qual tem seu umbigo
e ninguém tá pedindo o impossível...
ser macho, afinal, é tipo João Coragem:
morre na última vírgula
e não tá nem aí pra reticências...
módulo? decidamente não faz seu tipo.
macho não se apega em detalhes,
estrias, celulites ou vertentes...
não espalha nem desdenha
afinal, macho é comum, barato.
ser homem de verdade,
é para poucos.
Lúcia Gönczy
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Sagração
acho justo sim
você longe de mim
punhados salivantes
acho certo
quando dói até o fim
depois injusto
te procuro entre as caras
a soberba nada fala
e sem saber do que
pressinto: - terremoto
viro a alma do avesso
qualquer motivo
permanece resoluto
naquele silêncio
utópico
de quando sonhávamos ...
isso era junto
e não é.
hoje, nem com almoço grátis!
Lúcia Gönczy
acho justo sim
você longe de mim
punhados salivantes
acho certo
quando dói até o fim
depois injusto
te procuro entre as caras
a soberba nada fala
e sem saber do que
pressinto: - terremoto
viro a alma do avesso
qualquer motivo
permanece resoluto
naquele silêncio
utópico
de quando sonhávamos ...
isso era junto
e não é.
hoje, nem com almoço grátis!
Lúcia Gönczy
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