só verbo...
haja dor
pra rimar amor
sentir saudade
perceber ausência
ter ciência
viver sem mágoa
tragar o nunca
tão sempre
como toda
ferida
não
cicatrizada
limpar com
éter
antes, porém,
chorar muito
lavar tudo
a alma
o mundo
o corpo
e até
as solas
dos sapatos
pra quando entrar
de novo
num
raio destes
entrar serena
tranquila
consciente
entrar doendo
mas que seja
como aviso
de naufrágio
conseqüente
e saber
que todo amor
não dói
por ser doente
só dói
por si mesmo
e por amor
consentido
.
.
.
entrar no Amor sabendo
do perigo...
Lúcia Gönczy
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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Uma pessoa multitalentosa, com uma impressão de sensibilidade, é a nossa Lúcia, que encanta até quem não canta. Parabéns.
ResponderExcluirmeu amor, o amor só doi quando não é dois, não não é dose violenta, mas não se precupe, quem ama aguenta até o amor feito tormenta, amor que apronta, que arrebenta com a estrutura morta que vc ainda sustenta em meio à noite e é manhã, é hora de aprender a coragem da manhã ante a noite e seus fantasmas de festim, se o amor diz sim, não tenha medo, nunca tenha medo de amar sem fim, não tenha medo desse amor em mim de mim em vc.
ResponderExcluirViu, como se poema é belo? Me inspirou na hora.
Grato,
beijo,
carinho,
Geraldo
Olá Lúcia!
ResponderExcluirPoxa, muito surpresa de teres caído assim de repente no meu blogue e gostado :) Que bom, às vezes tenho uma certa (grande) timidez de estar colocando tudo online... Mas sinto que é bom. Assim como agora.
Outra coisa boa é ganhar de mão beijada novos caminhos, como agora, vim te conhecer e cá estou a ler vários de teus textos.
Todo amor carrega consigo uma dor latente, mas que vale à pena.
Beijo :)
Poxa, muito grata Juliana. Eu adoro estes, que considero, reencontros pela vida.
ResponderExcluirTb fiquei feliz de cair no seu blog e saiba: timidez é charme ;)
É...vale a pena provar a pimenta pra ver se é forte mesmo...
Beijão; sempre que possível, estarei por perto.
Lúcia