segunda-feira, 8 de março de 2010



contrato

quero a pérfida palavra
o sumo, a acidez da verdade
e no mais,
não quero nada
a não ser a essência
do último trago
e se isso significa veneno,
não me importo;
prefiro a morte rápida
a ser enganada de forma
homeopática
pensas: fazendo assim talvez
ela sofra menos...
saiba: este teu jeito absurdo
de entender o mundo
desacata meus sentimentos
e não me poupa a fragilidade;
compulsiva-me sim, a odiar-te
bem mais do que te amei.


Lúcia Gönczy

Um comentário:

  1. Olá Querida....

    Bom Dia, lindo poema.
    Voltarei outras vezes para ler mais dos teus poemas em teu Blog.

    Abraços Carinhosos
    Vallentine (poetisa menor)

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