quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sacos de areia.
A praia gira
ao redor do mar
paralisante
Sereias batem ponto
Na esquina,
uma ilha desabitada
oca
intempestiva
alheia

Lúcia Gönczy

(07/09/2013)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ainda e sempre

Todos os dias
me lembro
de te esquecer

Lúcia Gönczy

quinta-feira, 1 de março de 2012

sofro teu silêncio
aceito suas costas no meu peito
tomo parte, brinco disso
depois faço a mágica do sumiço
caio no poço da saudade
que me transformou em pedra
cristalizou  lágrimas
ressuscitou  abismos

e voo sem asas
me atiro de cara
nenhuma dor, nenhum sangue
só um pouco de mágoa
que curo com outras cicatrizes...


Lúcia Gönczy

(2007)

domingo, 18 de dezembro de 2011

A vida é isso mesmo: um caminhar juntos; cumplicidade, LEALDADE!

Tudo de melhor nesta vida e que o Universo continue conspirando a nosso
favor que somos a FAVOR do BEM, da PAZ, da LUZ, da AMIZADE e do AMOR.
Embora corramos cada vez mais, vocês fazem parte da minha vida e estão em
meu coração. Portando, se estão do lado de dentro, posso ir aonde quiser:
-estaremos sempre juntos.
Saudações, beijão e abraços a todos nós que, ao longo desta jornada,
com força e fé, vimos pulsando, vibrando lado a lado, uns pelos outros.
A irmandade é o antídoto contra todos os venenos!

Grata pelo carinho de todos vocês,
Lúcia Gönczy

Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente em suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos,
E, até que nos encontremos, de novo...
Que Deus lhe guarde nas palmas de suas mãos!


[Prece Irlandesa -18/12/2011]

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pulo do tigre


365X2
precisei tanto disso para sobreviver
hoje não é mais necessário
- pulo sozinha
sou  meu próprio
salto e sobressalto

O tigre ainda aparece,
de vez em quando,
comendo três pratos de trigo

TRISTE!

Lúcia Gönczy

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amor e Paixão


Amor é bom
Paixão é vício:-
falta de ar
taquicardia
posse
doença
síndrome de abstinência


Amor é calmaria
Um “olhar” com cuidado
Desejar o bem do outro
independente do nosso
egocentrismo


Paixão e Amor
Fogo, fogo, fogo
Mas quem nesta vida
quer a segurança de que
são feitos os sentimentos
mornos?...


Não. Decididamente, não!
Eu, pelo menos, prefiro o
Inferno de Dante – O Paraíso
que se dane!
Juízo tem quem se atira
de cara sem medo do abismo

A gente só evita o que não pode resistir...


Lúcia Gönczy


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prometeu

Babe, eu me sinto bem
Babe, to além
De contos e fadas

Babe, não se assuste se eu te chamar
Lá de bem alto
É colina. Indiagem...

Babe,  não te prometo nada


Prometeu do Olimpio,
Disse coisas tão mais bonitas
E bacanas
Que quase acreditei em tantas promessas
Sacanas


[...]


Babe, agora é fato: to de saco

De tudo que for promessa e coisa
mal feita


Prometeu prometeu prometeu prometeu
- NUNCA cumpriu!


Lúcia Gönczy

domingo, 18 de setembro de 2011

Confusão Emocional (^^)

Nenhuma dor é igual
Não serei eu a repetir
Nenhum amor é Amor
O amor é antes Paixão
que não dura e não vale
uma vírgula

Nenhuma paixão vale uma dor
Que não é Amor nem é igual
A nenhuma Dor

Lúcia Gönczy

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os Quereres

Quisera-me politicamente correta
Saiba, homem, eu sou de Creta
do Olimpo e de Tesões

Quisera-me toda pura e pacata
Quando sou fúria e incauta
Jamais mula de cavalo baio

De rumo  incerto -
vôo sem asas
Num galopar constante
Insano, lúdico


E se der a louca, por coisa pouca,
selo meu Pégaso: - sumo!
Indômita
Selenita
Valente


Cuidado, infante,
afaste-se novamente
Pois dependendo do pedido,
afio garras, presas
e sangro pelos olhos.


Lúcia Gönczy
Despedida de um fantasma


ando mudada:
tenho sabatinado minha alma
que insiste em caminhar sobre pregos
de pontas ocas e virilmente enferrujadas
- motivo de tétanos virtuais

já não estou naquele momento
onde tudo era exato;
não direi o nome da foto nem os fatos
apenas subscrevo-me, atenciosamente...



afinal, me despeço da tua lembrança
fantasmagórica
que hoje não me causa assombro



é isso. fim do fim e do talvez;
e que cada um, na sua finita felicidade,
procure a plenitude


[sem mais]
Adeus.


Lúcia Gönczy