sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prometeu

Babe, eu me sinto bem
Babe, to além
De contos e fadas

Babe, não se assuste se eu te chamar
Lá de bem alto
É colina. Indiagem...

Babe,  não te prometo nada


Prometeu do Olimpio,
Disse coisas tão mais bonitas
E bacanas
Que quase acreditei em tantas promessas
Sacanas


[...]


Babe, agora é fato: to de saco

De tudo que for promessa e coisa
mal feita


Prometeu prometeu prometeu prometeu
- NUNCA cumpriu!


Lúcia Gönczy

domingo, 18 de setembro de 2011

Confusão Emocional (^^)

Nenhuma dor é igual
Não serei eu a repetir
Nenhum amor é Amor
O amor é antes Paixão
que não dura e não vale
uma vírgula

Nenhuma paixão vale uma dor
Que não é Amor nem é igual
A nenhuma Dor

Lúcia Gönczy

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os Quereres

Quisera-me politicamente correta
Saiba, homem, eu sou de Creta
do Olimpo e de Tesões

Quisera-me toda pura e pacata
Quando sou fúria e incauta
Jamais mula de cavalo baio

De rumo  incerto -
vôo sem asas
Num galopar constante
Insano, lúdico


E se der a louca, por coisa pouca,
selo meu Pégaso: - sumo!
Indômita
Selenita
Valente


Cuidado, infante,
afaste-se novamente
Pois dependendo do pedido,
afio garras, presas
e sangro pelos olhos.


Lúcia Gönczy
Despedida de um fantasma


ando mudada:
tenho sabatinado minha alma
que insiste em caminhar sobre pregos
de pontas ocas e virilmente enferrujadas
- motivo de tétanos virtuais

já não estou naquele momento
onde tudo era exato;
não direi o nome da foto nem os fatos
apenas subscrevo-me, atenciosamente...



afinal, me despeço da tua lembrança
fantasmagórica
que hoje não me causa assombro



é isso. fim do fim e do talvez;
e que cada um, na sua finita felicidade,
procure a plenitude


[sem mais]
Adeus.


Lúcia Gönczy