sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

POESIA NA JANELA

Preparo-me subalterna entre frestas;
Luzes indistintas, subtropicais
convocam-me à viagem:
próxima estação de minha alma

Eu, que há tempos
não me sinto tão
Verão...

Entretanto, há telhados em meus olhos;
Pesa-me a infância

Vasculho, num sopro, a memória;
noutro, sublime abstração ...

Totalmente introspectiva
faço a regressão
"não materna"

Permitindo-me afundar meu próprio céu e inferno
transgrido:
Naufrago, debato-me
e
em contrações [in]voluntárias
de dor e de parto
decido se só corpo ou alma
não importa

(...)

Parto para a vida mais esta manhã.


Lúcia Gönczy


Não terminado...
Nem o texto, nem o caminho

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Porque hoje é verão
e o silêncio faz inverno
no meu peito,
Deixo-me preencher
deste vazio inexorável
da tua ausência
absoluta

Lúcia Gönczy


"Nenhum juramento de amor será quebrado; o sentimento verdadeiro é atemporal"
(Lúcia Gönczy)